Nesta segunda (9), com a fuga de 11 presos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste da capital, chegou a 200 o número de fugitivos do sistema prisional potiguar somente este ano. A média, é de 11,7 fugitivos por semana.
Fugas em 2016
- Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta: 64 fugitivos em 11 fugas (19 e 21 de janeiro, 21 e 24 de fevereiro, 10 e 13 de março, 10, 16, 18 e 23 de abril e 2 de maio)
- Cadeia Pública de Natal, em Natal: 46 fugitivos em 1 fuga (12 de janeiro)
- Centro de Detenção Provisória da Ribeira, em Natal: 29 fugitivos em 4 fugas (12 de fevereiro, 7 de março, 25 de abril e 9 de maio)
- Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró: 24 fugitivos em 6 fugas (1º, 22, 29 e 30 de janeiro, 8 de março e 22 de abril)
- Cadeia Pública de Caraúbas, em Caraúbas: 11 fugitivos em 1 fuga (5 de março)
- Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta: 7 fugitivos em 1 fuga (27 de março)
- Cadeia Pública de Mossoró, em Mossoró: 6 fugitivos em 2 fugas (1º de março e 11 de abril)
- Centro de Detenção Provisória de Macau, em Macau: 4 fugitivos em 1 fuga (14 de janeiro)
- Centro de Detenção Provisória de Patu, em Patu: 4 fugitivos em 1 fuga (4 de abril)
- Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim, em Ceará-Mirim: 2 fugitivos em 1 fuga (24 de janeiro)
- Centro de Detenção Provisória do Potengi, em Natal: 2 fugitivos em 1 fuga (17 de janeiro)
- Centro de Detenção Provisória de Parnamirim, em Parnamirim: 1 fugitivo em 1 fuga (25 de março)
Total: 200 fugitivos
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. No entanto, o sistema permanece em crise. Seis meses depois, o decreto de calamidade foi prorrogado por mais 180 dias e a permanência da Força Nacional também renovada.
Já no dia 17 de março deste ano, o governo do Rio Grande do Norte voltou a renovar o decreto de calamidade no sistema prisional potiguar e mais uma vez pediu socorro à Força Nacional. A renovação da calamidade, por mais seis meses, foi assinada pelo governador Robinson Faria. O documento diz que a renovação tem por objetivo "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".
Fugas
Além das unidades depredadas e da superlotação, as fugas também se tornaram um problema constante para o Estado. Somente este ano, 200 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar. A média é de 11,7 fugitivos por semana.
Do G1-RN
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