A procura por
produtos piradas aumentou este ano. Em um universo de mil entrevistados em nove
regiões metropolitanas do País pela Fecomércio-RJ/Ipsos em agosto, 52% dos
pesquisados informaram ter comprado ou consumido algum produto pirata em 2011.
Este porcentual ficou acima do apurado em agosto do ano passado (48%) e foi o
maior desde o início da pesquisa em 2006. O motivo apontado por 94% dos
entrevistados que admitiram consumo de produto pirata foi preço mais barato, de
acordo com o economista da Fecomércio-RJ Christian Travassos.
Segundo Travassos, foi a primeira
vez que o levantamento, anual, apurou mais da metade dos pesquisados admitindo
compra de itens piratas. "Estamos com mercado interno muito aquecido. E
este consumo não abrange somente produtos legais", afirmou.
Isso pode ser confirmado nos
dados do levantamento dividido por faixas de renda. Entre os consumidores das
classes A e B consultadas, 57% admitiram compra de produto pirata este ano -
sendo que este porcentual, para esta mesma resposta nestas duas classes, era de
47% em agosto do ano passado. Entre os produtos mais procurados estão CDs e
DVDs, respectivamente lembrados por 81% e 76% dos entrevistados este ano.
Para Travassos, os porcentuais de
uso de produtos piratas podem continuar crescendo nas próximas apurações.
"Precisamos atacar este problema em duas frentes: desoneração tributária e
maior rigidez no combate à comercialização ilegal", afirmou o
especialista.
Da Agência Estado
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