O estopim para a revolta do prefeito foi a execução de um motorista na quinta-feira (14), durante uma emboscada na zona rural.
Leia a nota, na íntegra:
NOTA OFICIAL DA PREFEITURA DE JANDUÍS
Na tarde de ontem, 14 de junho, um jovem trabalhador de apenas 21 anos, Edivaldo Marcio de Oliveira, foi assassinado na estrada da zona rural de Janduís. Em menos de sete dias, é o segundo assassinato na mesma localidade. A frequência de mortes por violência é acompanhada por requintes de crueldade e selvageria.
Não há explicação, nem justificativa, para entender o nível de barbárie que a marginalidade impõe ao povo de Janduís. Sem poderes, nem competência para enfrentar os crimes de pistolagem, que agora se transformam num processo banal de mortes por vingança por motivação fútil e incontrolável, o Poder Municipal vem, ao longo dos últimos anos, exigindo dos órgãos de Segurança do Governo do Estado e da Justiça, a quem compete à preservação da segurança e da paz dos cidadãos de Janduís e do Rio Grande do Norte, que ajam de acordo comas suas obrigações legais a fim de que a população janduiense possa se livrar, efetivamente, do estado de medo e intranquilidade a que vem submetida nos últimos anos.
O Prefeito Municipal pleiteia, sem sucesso até o presente momento, o aumento do efetivo policial, a designação de um delegado e agentes da Polícia Civil, como também, de Juiz e Promotor efetivos e as condições necessárias para que os policiais possam realizar as suas atividades de repressão ao crime e de garantir à população a devida tranqüilidade.
Lamentavelmente, o que ouvimos das autoridades competentes são as mesmas afirmativas: não temos efetivo, não temos recursos para operações, falta transporte, não se libera dinheiro para pagamento de diárias, os juízes demoram nos pedidos dos mandados de busca, apreensão e prisão.
Lamentavelmente, o que ouvimos das autoridades competentes são as mesmas afirmativas: não temos efetivo, não temos recursos para operações, falta transporte, não se libera dinheiro para pagamento de diárias, os juízes demoram nos pedidos dos mandados de busca, apreensão e prisão.
Infelizmente, enquanto o Estado se omite, as autoridades competentes transferem entre si responsabilidades, os janduiense são submetidos a uma situação constrangedora de insegurança e medo. Pessoas adoecem, famílias retiram-se do Município, criando-se um momento triste de desesperança.
Porém, continuamos mantendo viva a esperança de que o Governo do Rio Grande do Norte e os seus órgãos de Segurança, como também, a Justiça possam, finalmente, sensibilizar-se com o terrível sofrimento a que é submetido o nosso povo pela ação permanente e impune da marginalidade.
Janduís, 15 de junho de 2012.
Salomão Gurgel Pinheiro
Prefeito Municipal
Salomão Gurgel Pinheiro
Prefeito Municipal
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