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Abril é o mês mais violento do ano em Mossoró

Dados obtidos junto à Polícia Militar e à Polícia Civil apontam que a onda de violência em Mossoró cresce assustadoramente e que o mês de abril já é o mais violento do ano, onde uma pessoa foi ferida à bala por dia, de acordo com as ocorrências dos 15 primeiros dias deste mês.

Foram sete tentativas de homicídio e oito assassinatos registrados até a manhã da última quinta-feira, contabilizando uma média de um ferido por dia. Os dados são mais assustadores ainda, se somados às ocorrências registradas no ano, onde já foram notificadas 37 tentativas de homicídio e 50 assassinatos, totalizando 87 pessoas baleadas ou mortas, gerando uma média aproximada de 0,75 ocorrências por dia.

Para se ter ideia da dimensão do problema, no ano passado, um dos mais violentos da história, as tentativas de homicídios foram pouco mais de 50 registradas, na cidade e na zona rural. Segundo especialistas na área criminal, se persistir o atual quadro, os registros de 2013 seguramente serão alcançados ainda nesse semestre.

A dona de casa Maria Aparecida da Conceição Silva, 50, residente no bairro Santo Antônio, se diz traumatizada com a violência. Ela teve seu filho, de 19 anos, vítima de tiros durante uma confusão. “Meu filho estava em um bar, juntamente com os colegas dele, quando alguns homens chegaram em um carro e atiraram contra a turma, acertando-o dois tiros nas pernas e costas. Felizmente ele conseguiu escapar sem nenhuma gravidade aparente”, disse a mulher.

Já o mecânico de 39 anos, que teve seu filho adolescente de 16 assassinado a tiros, disse que vai se mudar para outra cidade, pois além de perder o ente querido, os criminosos continuam direcionando ameaças contra os demais membros da família. Ele contou que seu filho tinha se envolvido com más companhia e passou a saber demais, sendo assassinado para silenciar.

“O pior de tudo é que os matadores do meu filho pensam que eu ou minha família sabe de alguma coisa. Não sei de nada. Só quero viver em paz e cuidar para que nada mais aconteça de ruim aos que ficaram. Vou ter que me mudar”, disse o homem com lágrimas nos olhos.

Em recente visita à redação do O Mossoroense, o tenente-coronel Francisco Alvibá Gomes, comandante do Segundo Batalhão da Polícia Militar de Mossoró (2º BPM), explicou que a violência está solta, devido, entre outras coisas, a sensação de impunidade.

“Os crimes acontecem, nós da PM, com toda dificuldade que temos, prendemos os meliantes e em poucos dias eles estão nas ruras novamente para cometer os mesmos tipos de delitos. Isso gera uma sensação de impunidade tremenda”, concluiu.

Homem mata madrasta a socos e pontapés em assentamento rural

Um dos últimos casos de violência ocorrido na semana aconteceu na noite da última terça-feira, em um assentamento na zona rural de Mossoró, onde um homem embriagado matou a madrasta a socos e pontapés.

O crime aconteceu no projeto de Assentamento Jurema, às margens da RN-013, saída para Tibau. Dona Esmeralda dos Santos foi morta por espancamento e o principal suspeito do crime é o seu enteado Paulo Henrique, 30, que fugiu em uma moto levando junto seu pai, o agricultor conhecido apenas por "Tiquinho".

Segundo informações repassadas pela PM, o crime aconteceu por volta das 19h, Paulo Henrique chegou embriagado na residência da madrasta e começou a quebrar tudo dentro de casa. Com medo do enteado, a idosa correu para a casa da vizinha, mas foi alcançada pelo agressor que começou a espancá-la a chutes, pontapés e pauladas.

Na fuga o elemento passou em frente à casa onde a idosa foi morta e contou ao pai o que tinha feito. Vizinhos disseram que Paulo Henrique é viciado em drogas e álcool.
Até o momento o acusado ainda não foi preso.

Servente esfaqueado em via pública após ser perseguido na rua Anatália de Melo Alves

Já uma das últimas tentativas de homicídio, ocorrida na semana passada, aconteceu na rua Anatália de Melo Alves, no bairro Paredões, na tarde da quarta-feira (16), onde Antonio Carlos Cavalcante, 32, foi esfaqueado no abdômen e socorrido por uma viatura do Samu, para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).

Antônio Carlos foi perseguido por um elemento, em via pública, que ao alcançá-lo desferiu uma facada. Após o atentado o suspeito fugiu com destino ignorado. A vítima não quis revelar a polícia o motivo da agressão, apesar de ter reconhecido o acusado.

Estatísticas

2014 - 50 assassinatos
- Tentativas de homicídio: 37

Abril - Atentados: 7
- Homicídios: 8
- Tentativa de homicídio em 2013: 52

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