O governo do Rio Grande do Norte
vai atrasar os salários de 6.600 servidores que recebem acima de R$ 3
mil líquidos. O número representa 8% do total de servidores da folha do
Estado. Os outros 92% vão receber os rendimentos no dia 30 de setembro.
Enquanto isso, os salários atrasados entrarão nas contas dos servidores
no dia 10 de outubro.
As informações foram repassadas pelo secretário de Planejamento e
Finanças, Francisco Obery Rodrigues, durante entrevista coletiva na
tarde desta quinta-feira (26) no auditório da Governadoria. O atraso
salarial está relacionado à queda de arrecadação do governo, segundo
informou o secretário, que detalhou os gastos e a receita do Estado em
setembro. O balanço financeiro mostra uma diferença de R$ 50.159.221
entre despesa e receita. Enquanto foram arrecadados R$ 586.670.102, o
governo gastou R$ 636.829.323.
Os 92% dos servidores que receberão os salários no dia 30 ganham até R$
3 mil e trabalham nas administrações direta e indireta. A folha do
Estado tem 101.265 servidores ativos e inativos, que consomem um total
de R$ 297.819.006.
Os servidores com salários previstos para o dia 30 trabalham nas áreas
de saúde, educação, segurança, Defensoria Pública, Universidade Estadual
do RN (UERN), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Junta
Comercial do Estado (Jucern), Instituto de Previdência dos Servidores do
Estado (Ipern) e Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema).
Perdas e aumentos
De acordo com os números do balanço, as piores quedas na arrecadação
aconteceram no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
e no Fundo de Participação Estadual (FPE). As duas maiores fontes de
receita do Estado tiveram quedas de 9,5%.
De ICMS, o Estado estimava uma arrecadação de R$ 351.936.803, no
entanto o resultado foi de R$ 339.205.524, uma perda de 9,5%. No FPE a
queda foi parecida em termos percentuais. A receita estimada era de
191.259.168, porém o balanço aponta a realização de R$ 173.169.532, que
representou uma perda de 9,5%
Quanto a despesa, o governo pagou R$ 31.335.040 a mais do que o
previsto. O estimado era gastar R$ 605.494.283, entretanto a conta
fechou em R$ 636.829.323, ou 5% a mais. O maior peso na balança das
despesas aconteceu na folha líquida de pessoal do Poder Executivo e da
Defensoria Pública, onde foram gastos R$ 59.550.145 acima do estimado.
Do G1
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