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Divulgadores da Telexfree querem anular contratos no interior do RN

A Comarca de Patu, na regiĆ£o Oeste do Rio Grande do Norte, recebeu cinco processos cautelares de divulgadores da Telexfree que pretendem anular os contratos com a empresa de marketing multinĆ­vel e reaver o investimento feito. O advogado FĆ©lix Gomes Neto, representante dos divulgadores, afirma que centenas de pessoas jĆ” o procuraram depois que o Tribunal de JustiƧa do Acre bloqueou as contas e proibiu judicialmente novas adesƵes Ć  Telexfree.

O advogado explica que se a JustiƧa deferir a aĆ§Ć£o preparatĆ³ria, o processo principal vai pedir a anulaĆ§Ć£o dos contratos dos divulgadores com a Telexfree, nome fantasia da Ympactus Comercial LTDA. "Esse contrato Ć© de natureza ilĆ­cita, pois o negĆ³cio da empresa se constitui como pirĆ¢mide financeira, que Ć© crime contra a economia. Se o objeto Ć© ilegal, o contrato Ć© nulo", ressalta FĆ©lix Gomes Neto. AlĆ©m disso, a aĆ§Ć£o pede o bloqueio da quantia investida pelos divulgadores para que eles tenham prioridade em receber o dinheiro. "Ɖ preciso garantir que as pessoas fiquem na lista de credores da empresa", acrescenta o advogado.

De acordo com FĆ©lix Gomes Neto, muitas pessoas da regiĆ£o Oeste venderam os bens para aderir Ć  Telexfree. "Teve agricultor que vendeu o gado, comerciante que vendeu o comĆ©rcio. Essas pessoas perderam tudo e agora estĆ£o com a conta bloqueada", reforƧa.

Outros processos
AlĆ©m dos processos da Comarca de Patu, oito aƧƵes tramitam em comarcas de Natal pedindo antecipaĆ§Ć£o de tutela. Dois dos processos foram iniciados apĆ³s a decisĆ£o do Tribunal de JustiƧa do Acre que suspendeu os pagamentos e a adesĆ£o de novos contratos Ć  empresa de marketing multinĆ­vel no dia 18 de junho. Um dos pedidos foi indeferido, enquanto o outro aguarda decisĆ£o.

As outras seis aƧƵes foram iniciadas antes da decisĆ£o e tĆŖm como representantes os advogados Alexandre RĆŖgo, AndrĆ© AraĆŗjo, MĆ”rcio Maia e Thiago Almeida. "SĆ£o aƧƵes que reivindicam direitos dos divulgadores que tiveram contas bloqueadas de forma administrativa ilegalmente. A empresa sempre informa que sĆ£o erros tĆ©cnicos. Os processos ficam em aberto para que as contas nĆ£o voltem a ser bloqueadas", explica o advogado Alexandre RĆŖgo.

Segundo o advogado, a Telexfree sĆ³ efetuou os desbloqueios em questĆ£o por via judicial atĆ© agora. "Quando levamos a petiĆ§Ć£o e tentamos resolver administrativamente, Ć© pedido que se entre na JustiƧa", informa.

Contas bloqueadas
DecisƵes recentes de juƭzes do Acre e de GoiƔs, bloquearam as contas da Telexfree e da BBom. As determinaƧƵes valem para todo o paƭs e impedem que as duas empresas paguem a seus divulgadores ou aceitem novos cadastros.
No Rio Grande do Norte, a Promotoria de Defesa do Consumidor instaurou inquĆ©ritos civis contra seis empresas do ramo. AlĆ©m da Telexfree e da BBom, tambĆ©m sĆ£o investigadas a NNex, Multiclick, Priples e Cidiz. Todas, segundo o MinistĆ©rio PĆŗblico, sĆ£o suspeitas de criar pirĆ¢mides financeiras – modelo comercial previsivelmente nĆ£o-sustentĆ”vel que depende basicamente do recrutamento progressivo de outras pessoas. As empresas negam e alegam legalidade.

A empresa trabalha com marketing multinĆ­vel, modelo em que ocorre a distribuiĆ§Ć£o de bens e serviƧos e divulgaĆ§Ć£o dos produtos por revendedores independentes que faturam em cima do percentual de vendas. No entanto, existe a suspeita de que o modelo adotado pela Telexfree seja na verdade o de pirĆ¢mide financeira, no qual nĆ£o haveria foco na venda de produtos ou serviƧos, e sim na adesĆ£o de novas pessoas para alimentar o sistema de pagamento.

Do G1

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