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Sindicato diz que o Itep usa tesoura de grama para examinar cadáveres


Ao invés de avançados equipamentos eletrônicos, servidores da Polícia Científica do Rio Grande do Norte estão usando tesouras de aparar grama e serra de cortar cano para fazer exames cadavéricos. Essa é a realidade denunciada pelo sindicato que representa os servidores do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP). Representantes da categoria estiveram ontem em Mossoró para discutir a caso. A direção do órgão confirma as deficiências, mas não concorda com a paralisação deflagrada.

Segundo Francisco Alves, diretor financeiro do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública (SINPOL) no Estado, a principal reivindicação da categoria é o envio do projeto de lei que cria o Estatuto do Itep para a Assembleia Legislativa. Em suma, o documento regulariza a situação da instituição, que funciona no Estado há quase 100 anos e não tem estatuto próprio.

Ainda de acordo com Alves, o Governo do Estado estaria colocando empecilhos para o envio do projeto à AL. Devido a isso, a peritos criminais, médicos legistas e funcionários do setor administrativo suspenderam suas atividades desde o dia 3 deste mês, atingindo as três unidades no estado (Mossoró, Natal e Caicó).

Além da aprovação do Estatuto dos Servidores do Itep, a categoria cobra ainda medidas para amenizar as sérias dificuldades enfrentadas pelo órgão.

O diretor-geral do Itep no estado, Nazareno de Deus Medeiros Costa, reconheceu as dificuldades enfrentadas atualmente pela instituição. No entanto, mostrou-se contrário à greve. Criticou o Sinpol, que segundo ele estaria “forçando” o Governo do RN para estipular uma data para o envio do projeto do estatuto para a AL.

“Estou sabendo que essa greve está ocorrendo por causa de uma data. O sindicato quer que o governo diga quando o estatuto vai ser enviado para a Assembleia. O consultor-geral do Estado está analisando 323 artigos e não tem data certa. Por esse motivo, entraram em greve. Não existe um motivo mais forte. Eles estão aproveitando para colocar na imprensa as mesmas coisas que a gente já conhece. Muitas são inverídicas”, reclamou o diretor-geral.

Do JORNAL DE FATO.

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