Rumores sobre uma
possível greve da UERN.
Na véspera de mais um começo de
período na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), surge rumores
de uma possível greve dos professores dessa instituição.
Como se já não bastasse uma greve
de mais de três meses feita no ano de 2011, os estudantes da UERN correm o
risco de passarem por mais uma greve dos professores, prejudicando assim a
sequencia dos seus estudos.
Eu sou um dos maiores defensores
da valorização salarial do profissional da educação, afinal sou professor, e
como qualquer profissional, quero ser valorizado no meu trabalho, porém mesmo
achando que o professor no nosso estado, assim como no nosso país, não é
valorizado como merece, não posso aqui dizer que sou a favor de uma possível
greve.
Sabemos que a educação consiste
no ato de desenvolver o ser humano no seu lado psíquico, intelectual e moral,
com isso, é natural que os nossos assim chamados governantes, não se importem
com a qualidade da educação no nosso estado. Já que se fossemos realmente
pessoas educadas, não iríamos eleger a maioria dos candidatos que elegemos
normalmente.
Hoje no nosso estado, o descaso
com a educação é algo nítido, escolas e universidades com uma estrutura
decadente e a falta de profissionais, são apenas alguns dos problemas que o
nosso estado tem com a educação.
Mas se levarmos em conta de que
mais de três meses de greve no ano de 2011 resultou apenas em algumas promessas
não cumpridas, o que garante que mais uma greve surtirá algum efeito melhor do
que a anterior?
No ano passado com o retorno das
aulas após a greve, o que se viu foi inúmeros sábados letivos, trabalhos e mais
trabalhos jogados em cima dos estudantes para terminar o período dentro do
prazo, como se os estudantes fossem os culpados da greve e da não valorização
do professor. Repito mais uma vez que sou a favor da valorização do professor,
mas que o mesmo (principalmente o professor universitário), deve repensar se
vale mesmo à pena começar mais uma greve e no fim ter que correr atrás do tempo
perdido fazendo com que o aluno (que sempre é o maior prejudicado) tenha que
“se virar” para não se atrasar em seu curso.
Se uma atitude não está dando
resultado, é preciso encontrar outras maneiras de conseguir o que quer. Não
acredito que uma greve seja a melhor coisa a se fazer nesse momento, afinal, em
um país carente de pessoas pensantes, prejudicar a educação de futuros
formadores de opinião não é a melhor coisa a se fazer. É preciso encontrar
outra solução para o problema da má valorização do professor, já que a greve
não surte mais tanto efeito.
Certas atitudes devem ser
repensadas, existem sempre diversos caminhos para se chegar a um objetivo, mas
insistir sempre no mesmo caminho que não deu resultado é no mínimo um erro
inconseqüente e infantil.
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