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Espaço Educação e Cultura com Sergio Rubens: Rumores sobre uma possível greve da UERN.


Rumores sobre uma possível greve da UERN.

Na véspera de mais um começo de período na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), surge rumores de uma possível greve dos professores dessa instituição.

Como se já não bastasse uma greve de mais de três meses feita no ano de 2011, os estudantes da UERN correm o risco de passarem por mais uma greve dos professores, prejudicando assim a sequencia dos seus estudos.

Eu sou um dos maiores defensores da valorização salarial do profissional da educação, afinal sou professor, e como qualquer profissional, quero ser valorizado no meu trabalho, porém mesmo achando que o professor no nosso estado, assim como no nosso país, não é valorizado como merece, não posso aqui dizer que sou a favor de uma possível greve.

Sabemos que a educação consiste no ato de desenvolver o ser humano no seu lado psíquico, intelectual e moral, com isso, é natural que os nossos assim chamados governantes, não se importem com a qualidade da educação no nosso estado. Já que se fossemos realmente pessoas educadas, não iríamos eleger a maioria dos candidatos que elegemos normalmente.

Hoje no nosso estado, o descaso com a educação é algo nítido, escolas e universidades com uma estrutura decadente e a falta de profissionais, são apenas alguns dos problemas que o nosso estado tem com a educação.

Mas se levarmos em conta de que mais de três meses de greve no ano de 2011 resultou apenas em algumas promessas não cumpridas, o que garante que mais uma greve surtirá algum efeito melhor do que a anterior?

No ano passado com o retorno das aulas após a greve, o que se viu foi inúmeros sábados letivos, trabalhos e mais trabalhos jogados em cima dos estudantes para terminar o período dentro do prazo, como se os estudantes fossem os culpados da greve e da não valorização do professor. Repito mais uma vez que sou a favor da valorização do professor, mas que o mesmo (principalmente o professor universitário), deve repensar se vale mesmo à pena começar mais uma greve e no fim ter que correr atrás do tempo perdido fazendo com que o aluno (que sempre é o maior prejudicado) tenha que “se virar” para não se atrasar em seu curso.

Se uma atitude não está dando resultado, é preciso encontrar outras maneiras de conseguir o que quer. Não acredito que uma greve seja a melhor coisa a se fazer nesse momento, afinal, em um país carente de pessoas pensantes, prejudicar a educação de futuros formadores de opinião não é a melhor coisa a se fazer. É preciso encontrar outra solução para o problema da má valorização do professor, já que a greve não surte mais tanto efeito.

Certas atitudes devem ser repensadas, existem sempre diversos caminhos para se chegar a um objetivo, mas insistir sempre no mesmo caminho que não deu resultado é no mínimo um erro inconseqüente e infantil. 

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