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Agricultores de Umarizal exibem suas conquistas no Semiárido

  Agricultores e agricultoras parceiros da Diaconia, em Umarizal, região oeste do Rio Grande do Norte, tiveram uma grata surpresa nos dias 20 e 21 de setembro. Nesses dois dias, eles compartilharam suas experiências e conquistas no Semiárido com o membro do Conselho Diretor da Diaconia, Pastor Hartmut Wolfgang. Seu Miguel Saraiva e sua esposa, Dona Antônia Saraiva, foram os primeiros agricultores a receber o visitante, na Sede da Associação de Pequenos Agricultores do Sítio Muruci, na comunidade que leva o mesmo nome. O casal apresentou a cadeia de beneficiamento do algodão agroecológico da espécie 8H produzido em consórcio, ou seja, combinado a outras culturas, como gergelim, amendoim, milho e feijão.

    O galpão onde é realizado o beneficiamento do algodão, hoje equipado com o maquinário, foi apresentado como uma conquista pelos agricultores. O espaço dispõe de descarouçadeira, prensa e balança. Os equipamentos indispensáveis ao beneficiamento foram adquiridos pelos produtores em parceria com a Diaconia e o Banco do Nordeste. Com orgulho, os agricultores reforçaram o sucesso da produção ao falar da exportação para o comércio justo francês, realizada desde 2006. A novidade encantou o Pastor Hartmut. “Bem interessante o resgate da cultura do algodão na região. Os consórcios são essenciais até para evitar as pragas do algodão, como o bicudo, por exemplo.”


    A fartura de alimentos, em pleno verão, no Sítio Sebastopol, encravado no coração do Semiárido potiguar, foi a grande proeza apresentada pelo agricultor Francisco Gurgel, mais conhecido como Chico Raulino. Em uma pequena área irrigada, o agricultor retira frutas, hortaliças e raízes, como macaxeira e batata-doce, para sua alimentação e a de mais três filhos e netos. “O restante dos meus produtos eu ainda comercializo de porta em porta”, completa Seu Chico todo satisfeito. Atento, Hartmut disse estar impressionado com a diversificação da área de Seu Chico. “Mesmo sendo pequena, é visivelmente diferente das áreas dos vizinhos que não fazem o manejo agroecológico como ele”, refletiu o Pastor.



Da Diaconia Por Adriana Amâncio

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