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Delegacias do interior do Rio Grande do Norte fecham


Começou ontem a retirada de uma parte dos 79 policiais militares que trabalham improvisadamente em delegacias de Polícia Civil no Rio Grande do Norte. As primeiras mudanças ocorreram em Mossoró e cidades vizinhas, inviabilizando o funcionamento de praticamente todas as delegacias da região. Em Apodi, o atendimento foi suspenso pela manhã. Em Areia Branca, 180 processos ficarão parados. Os delegados de Pau dos Ferros e Alexandria já anunciaram que vão "fechar" as portas sem seus militares.

O deficit de agentes e escrivães de Polícia Civil, estimado pelo sindicato da categoria em aproximadamente 5 mil no Rio Grande do Norte, forçou a utilização de policiais militares nas delegacias de Polícia Civil. Só em Mossoró e cidades vizinhas, quase 30 policiais militares foram removidos ontem. A ordem do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo Silva, é que os 79 policiais sejam reintegrados aos seus batalhões. 


Um levantamento feito pelo Sindicato dos Policiais Civis e Servidores do Itep (SINPOL) do Rio Grande do Norte, em setembro de 2009, mostra que apenas 22,7% dos municípios potiguares têm policiais civis (muitos com apenas um agente). Das 167 cidades potiguares, 129 delas não têm policiais civis e o trabalho de investigação vinha sendo feito com o apoio de policiais militares, que eram cedidos pelos batalhões às delegacias. Alguns são utilizados como agentes e outros como escrivães. O Governo do Estado anunciou que vai repor essas lacunas, mas não tem policiais civis suficientes no RN.

Em algumas unidades, mais da metade do efetivo é de PMs

Os delegados regionais de Pau dos Ferros e Alexandria, que juntos atendem quase 30 cidades do Alto Oeste Potiguar, anunciaram que quase todas atividades realizadas naquela região serão suspensas, caso os policiais militares que trabalham como policiais civis sejam realmente retirados das DPs. Inácio Rodrigues de Lima, que é delegado regional de Pau dos Ferros e responde por 18 cidades do Alto Oeste, conta hoje quase que exclusivamente com os policiais militares para manter em pleno funcionamento a atividade policial nessas quase 20 cidades que atua.

Da Tribuna do Norte

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